Finanças: Quando um é “seguro” e o outro é “gastador”
20 jun 2023
Com relação ao dinheiro, existem dois tipos principais de pessoas: a que não tem problemas em gastar dinheiro e aquela que se apega até aos centavos que possui na conta. Pode ocorrer de dois indivíduos destes grupos distintos se tornarem um casal, e o conflito é certo, porque a relação com o dinheiro está no cerne de nossa personalidade, o que é dificilmente mutável.
Os problemas aparecem nas mais diversas situações. Enquanto um está sempre renovando suas roupas, o outro usa as mesmas camisas há anos, por acreditar que não há necessidade de comprar novas. Na hora de fazer uma viagem, um prefere escolher o hotel que vai oferecer mais conforto, ao passo que o outro opta por aquele que tem a diária mais barata. Sair para jantar para diferenciar a rotina é um grande impasse, porque um dos parceiros já escolheu o lugar e o outro não quer gastar.
Mas será que é possível chegar ao equilíbrio?
O caminho para isso não é o de tentar convencer o cônjuge de que o seu ponto de vista é o correto, e o diálogo é indispensável. O parceiro que tem mais dificuldade em gastar dinheiro, pode propor uma quantia que será gasta no mês (além das despesas principais), que seja confortável para ele. Não faz sentido que ele gaste além do que se sente bem para um jantar, por exemplo, e passe o resto da semana pensando nisso e se sentindo mal.
Já o parceiro que possui facilidade em despender do dinheiro, pode se comprometer a escolher o restaurante, o hotel da viagem e tudo o mais com preços razoáveis, se preocupando em não exceder o valor que foi fixado pelo outro cônjuge. Assim, os programas não deixarão de acontecer, e será mais confortável para ambos.
Por fim, não faz bem passar os dias, meses e anos apontando o outro como “pão duro” ou “gastador”. Se os dois escolheram estar juntos, as diferenças precisam ser superadas da melhor forma possível.
