Todo casamento fica ruim ou é um estigma social?

Todo casamento fica ruim ou é um estigma social?
24 fev 2024

É incrível como as pessoas naturalizam e vivem casamentos que poderiam ser muito melhores e agradáveis do que realmente são. Casais recém-casados frequentemente escutam a frase “aproveite, porque depois piora”, e aí vem uma pergunta: como é possível se submeter a algo que você já espera que vai ficar ruim?

As brigas e conflitos constantes são tratados como fechar um pacote de viagens. Da mesma forma que não existe pacote de viagem sem passeios e hotel incluso, não existe casamento sem brigas ou até mesmo grandes conflitos. Mas será mesmo?

Se a convivência passará a ser quase que exclusiva com o cônjuge, por que não quebrar o ciclo e compreender que ela precisa ser leve, com capacidade de comunicação, com a valorização do outro e zelo pela relação? É fato que quebrar o ciclo da “demonização” do casamento é realmente muito difícil, porque ela existe há bastante tempo. Mas isto é possível de ser feito.

O primeiro passo é compreender que não viver um casamento ruim não significa entrar em um conto de fadas. Os conflitos e as divergências de opiniões irão sim aparecer, em alguns instantes, e o que muda é a capacidade do casal de lidar com isso.

Ela começa com o exercício de uma comunicação mais tranquila, que foge dos moldes de gritos e do querer ser ouvido a qualquer custo. Vem acompanhada da percepção de que o outro também existe naquela relação, e por isso ele precisa ter voz ativa em toda e qualquer situação. O que precisa melhorar deve sim, ser colocado em pauta, mas sem nunca esquecer de ressaltar o que já existe de bom.

É fundamental não se esquecer de que “dizer sim” para um parceiro está muito além da simbologia do altar, e vai de encontro a construir, tijolo por tijolo, uma relação saudável e agradável para ambos.

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Ana Carolina Morici
Ana Carolina Morici

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